É muito pensamento para pouco conteúdo escrito!



quarta-feira, 16 de junho de 2010

Ponto de vista.

Hoje, vou falar sobre uma coisa, que para mim, justifica muitas coisas. O ponto de vista.

Sim, quem nunca ouviu por aí alguém falando, "tudo é uma questão de ponto de vista"

Há quem diga, que tudo é uma questão de ponto de vista. E talvez não devêssemos discordar totalmente disso.
Pense comigo. Aquele que rouba.. Você (mulher), está andando na rua, passa um sujeito de aparência estranha pega sua bolsa e sai correndo. Sim, foi assaltada.. Correu um pouco atrás do meliante gritando “ladrão, ladrão”. No meio dessa perseguição, ele jogou a sua bolsa no chão com todos os documentos e sem mexer em nada, pegou apenas o dinheiro que continha na carteira, bom, você pensa, dos males o pior, não que aqueles R$37,00 não iriam fazer falta, mas se parar para analisar, no mundo de hoje você não faz muita coisa com míseros R$37,00 não é mesmo?
Não estou dizendo que está tudo bem, eram só R$37,00. Sim, eles eram seus, talvez você tenha batalhado por isto, e então vem um fulano de tal e os leva como se pudesse chegar e tomar de qualquer pessoa. Você fica ‘puto’, com raiva, esbraveja, chinga, tudo e todos, afinal ninguém gosta de ser assaltado. E se aquele dinheiro fosse para pagar uma prestação de algum bem seu? Da própria bolsa poderia ser. Que ele quase roubou também. E bem, vocês pararam para pensar no preço de uma bolsa? Só mesmo as mulheres sabem o preço de uma bolsa hoje em dia, esta poderia ser 12x de R$37,00.
Mas agora, vamos analisar o outro lado. O lado do meliante. Ele não conheceu o pai, sua mãe era uma alcoólatra, que vivia o espancando. Para evitar apanhar tanto, ou de agüentar sua mãe em casa ele ia pouco para casa, aprendeu a se virar na rua, na correria, já que amor nenhum foi dado para esta pobre pessoa. Digamos que passado algum tempo, este menino cresce, ele sente mais fome, ele nem mesmo vai mais para casa. Virava-se com um bico aqui, outro ali. Até que ele conheceu novos “amigos”, bom, hoje em dia há muitos desses por aí. Estes seus novos amigos aí, o ensinaram um jeito mais fácil de conseguir aquilo que queria. No entanto ele não é dessa natureza, ele não nasceu para ser criminoso, apenas teve uma vida sofrida, mas não quer cair no rumo da marginalidade.
Passa o tempo, ele cresce ainda mais, é um adulto, conheceu uma mulher, e advinha.. Fez filhos! Claro, não quero generalizar, ou até mesmo discriminar, mas já notaram que essas pessoas de renda mais baixa adoram ter filhos?
A questão é que, aumenta o gasto, aumenta a pressão, e o salário não da mais para nada. Ele não teve uma criação, não teve estudo, quem vai dar um emprego decente para ele? Você daria? Não, nem eu, eu não daria, ele não é qualificado para trabalhar em empresa alguma.
Visto todas estas dificuldades em meio a sua vida, houve uma discussão com sua mulher, que lhe disse “não me volte aqui sem o pão e o leite para as crianças”
Nesta hora ele lembrou aqueles amigos lá, aqueles que conseguiam mais fácil as coisas, e então ele pensa, por que não?
Ele entra numa discução em sua cabeça se perguntando se aquilo realmente é certo, eis que passa uma senhora bem ajeitada por ali, com uma bolsa, ele pensa, acho que não irá fazer falta para ela se eu pegar um pouco. Então ele rouba!
Não estou dizendo que isto está certo de maneira alguma, eu não sou a favor do roubo, mas infelizmente acontece muito disso, e bom, pelo menos agora há alguns programas para pessoas de idade estudar e tentarem ser algo na vida, o que falta é conscientização. Tanto dos pais por colocarem uma criança no mundo sem nem mesmo saberem se vão ou não poder dar-lhes um futuro, como das próprias crianças quando crescem que não aprendem a pensar no futuro, ou em ser algo melhor.


A questão é que, neste caso, para cada um deles, eles eram os corretos, por que para si, tudo é uma questão de ponto de vista. No sentido de que, em uma discução entre duas pessoas, cada uma vê as coisas por um lado, sendo que a que “provar” a veridicidade do seu fato, seria a correta.


Ou em outro exemplo que eu costumo usar freqüentemente.
Por exemplo, para uma pessoa considerada entre os demais um louco, quem é o normal é ele. As outras pessoas para ele são estranhas, chatas e monótonas, mas ele sempre as entende.
Já, as outras pessoas, tidas como “normais”, nunca o entenderão.
Neste caso, as problemáticas não seriam aquelas que se dizem “normais”?
Talvez a loucura também seja um ponto de vista.



"Às vezes é muito difícil enxergar certas coisas óbvias, mesmo que elas estejam debaixo do nosso nariz. Será que realmente não as vemos, ou não queremos vê-las?"

Para terminar usei uma das minhas frases criadas, esta particularmente eu gosto muito.

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